segunda-feira, 5 de novembro de 2007

A Obrigação de Ser Feliz

Somos inexoravelmente obrigados a ser felizes. Temos que funcionar na maneira que a sociedade nos dita. Temos que ser imitações de produtos de "qualidade total." Temos que ser virís como os atletas, provocantes como artistas de TV e agir sempre com um sorriso no rosto, alheios aos nossos problemas e aos problemas do mundo, como se fossemos caricaturas de personagens da televisão. Como não somos máquinas pré-programadas para agirmos de tal maneira, criaram-se is Prozacs e os Lexotans da vida para nos manter "funcionando." Só que o que parece fácil é quase impossível já que para enaltecer a alegria é preciso ser humanao, é preciso sofrer um pouco.
Aprendemos a ter o gosto em esconder nossos sentimentos, invés de deixarmos nossas emoções trasnbordarem, erroneamente abrimos um largo sorriso e então aparentemente estamos felizes novamente. Dissimulamos a infelicidade na obrigação de ser alegre, é quase que um produto de pegamos automaticamente no mercado da vida. Mais ainda, a tristeza feminina é ainda mais sofrida já que carregam consigo a dor histórica de gerações de repressão. Inclusive mulheres poderosas se curvam diante homens, tristezazinhas de novela mexicana. Já os homens facilmente pisoteam a tristeza com um passatempo qualquer.
Mas há quem diga que hoje as mulheres possuem mais liberdade. Hoje já não estão presas ao lar ou ao seu marido, so que essa conquista não se passa de um "feminismo fabricado", dissipado na sexualidade apelativa das mulheres. É temos que ser infelizes, temos que sofrer porque assim aparentamos mais humanos. De acordo com Arnaldo Jabor, "tome um Lexotan e vá durmir infeliz," já que não há happy end, por mais produzido que seja. Estamos fadados a sairmos revigorados pelos prazeres da fossa.

*Após leitura de um texto de Arnaldo Jabor, "A Obrigação de Ser Feliz" os alunos tiveram que produzir um texto refletindo o tema do texto.

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